Dotado de uma voz personalíssima e urdindo argumentos inesperados, Czekster engendra, neste livro, um caleidoscópio de estórias que transformam e refratam umas às outras, à medida que a leitura avança. Os contos desse livro podem ser lidos como uma série de pesadelos interligados, sob a toada de alguns temas recorrentes. Uma das facetas desse pesadelo múltiplo é o antigo vanitas vanitatum do Eclesiastes: a efemeridade das coisas humanas; outra face, menos explícita, talvez seja a autorreflexão perturbadora da própria literatura ? ou, num sentido mais amplo, o poder ao mesmo tempo criativo e caótico da imaginação, com suas constantes tentações de esperança e desespero.
Se, às vezes, Czekster parece flertar com certo realismo urbano, à Rubem Fonseca, os meandros de seu texto logo reafirmam sua filiação à literatura fantástica, na imortal tradição de Poe e Maupassant. Os personagens de Czekster movem-se em um mundo sempre à beira da dissolução, da implosão ou do oblívio; é como se cada instante de suas existências fosse ameaçado por uma confluência de forças soturnas e absurdas.
Descrição
Informação Adicional
Título | Não há amanhã |
---|---|
Autor(es) | Gustavo Melo Czekster |
Organizador | Não |
Editora | Editora Zouk |
Subtítulo | Não |
Tradutor | Não |
Co-editora | Não |
ISBN | 9788580490466 |
Ano de Lançamento | 2017 |
Edição | 1 ed. |
Número de Páginas | 160 |
Formato | 16x23cm |
Acabamento | Brochura |
Idioma | Português |
Assunto | Literatura |
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